“Não conseguia me ver trabalhando se não fosse como atriz ou professora. Conciliei o teatro
com aulas para jovens em um projeto do Governo Federal. Nesse período, resolvi fazer o
ENEM para tentar uma vaga em Serviço Social, porém no momento da inscrição tive que
encaixar minha nota em três opções, sendo a última delas, em Enfermagem. No dia do
resultado, a surpresa: o curso que eu tanto havia corrido, estava ali no meu colo, por isso
digo que a Enfermagem me escolheu”, conta a aluna.
E unindo a importância no cuidado com pacientes, Kattianny explica que a facilidade de
comunicação que a arte traz é de grande valia em sua rotina. Segundo ela, assim como
num ensaio de uma peça, são buscadas alternativas para desenvolver papéis, e no cuidar não
é diferente.
“Devemos buscar formas, meios de comunicação. Não que eu vá chegar num quarto de
hospital atuando, estou ali de verdade, mas posso minimizar o sofrimento das pessoas
com minha sensibilidade artística. É muito mais fácil perceber a forma de falar e agir com
determinadas pessoas quando se tem a sensibilidade aguçada”, salienta.
Além de atriz e futura profissional de enfermagem, a multifacetada Kattianny também dá
aulas de teatro, é contadora de histórias e confecciona mamulengos. Ela conta que seu
primeiro contato com a arte foi na época da escola em aulas de Literatura.
“Tudo começou na escola, através da profa. Albanita Almeida, que pedia que os
trabalhos escolares fossem apresentados em formato de peças de teatro. Assim,
resolvemos formar um grupo e permanecemos juntos até hoje”, relembra.
E mesmo após formada, Kattianny Torres afirma categoricamente que vai continuar
desenvolvendo seu lado artístico, pois para ela, ser atriz deixou de ser uma simples diversão
e passou a fazer parte da sua profissão.
“O teatro está impregnado em mim, para onde eu for ele irá comigo. E tenho mais
certeza ainda, ao estagiar no Hospital de Câncer de Pernambuco – HCP e confirmar o
motivo da Enfermagem ter me escolhido, ao conseguir aplicar meus conhecimentos
acadêmicos e a sensibilidade artística para amenizar um pouco o sofrimento de pessoas
que na maioria das vezes só precisam de uma palavra de conforto”, finaliza a enfermeiranda
que pretende especializar-se na área oncológica.
Fonte: FACIPE
